terça-feira, 15 de setembro de 2009

obstáculos e lições no caminho I...


quando mm apareceu na minha vida estava num processo de construção... como disse logo de início estava pela primeira vez a construir o meu grupo de amigos, de pessoas que durante anos por não ter causavam um enorme vazio dentro de mim... quando conheci mm e pus à disposição dele aquilo que possuía esse processo foi estupidamente interrompido... mm a primeira pessoa com quem fiz projectos, com quem construi meus sonhos, desapareceu foi na pequena construção que tinha feito meses antes e no meu espaço que encontrei o apoio que necessitei naquele momento... tirei da partida dele uma lição, uma lição que durante anos mantive na minha vida até ao extremo: os amigos são aquela parte de nós de que não podemos abdicar nunca aconteça o que acontecer, são o nosso pilar, a nossa base... em londres percebi o quanto esta lição tinha de errado e acertado... é certo que os amigos são uma parte boa e vital na nossa existência, porém há limites numa amizade, limites que têm de ser necessáriamente diferentes aos limites do amor... durante anos muitos foram os amigos em quem depositei toda a confiança, todos os sentires, toda a dádiva mesmo com as chapadas que fui levando de cada um com o passar do tempo... sinto necessidade de referir e de falar de alguns casos com mais pormenor, pela mágoa e pela forte dor e vazio que os factos e as atitudes me causaram... começo por falar do amigo que era o pandinha... era o meu amigo por excelência quando vim para lisboa... um irmão, um confidente... desde fins de semanas a tardes/noites num café, numa mesa a falar tantas vezes do que já não havia para falar... pandinha, o meu amigo gordinho que tinha a mais bonita gargalhada que jamais ouvi... confesso que o seu afastamento foi de todos os que vou falar, aquele que menos me custou pois compreendi o porquê, e imaginei-me na sua situação... quando vim para lisboa, pandinha havia começado a namorar há uns meses atrás... muitas foram as pessoas que passaram na vida dele por umas horas devido à sua aparência física... cara linda, alma reluzente, corpo grande e pesado... até aparecer ele, aquele a quem pandinha apelidou de koalinha... totalmente diferente na aparência... não sendo um ex-libris da beleza foi aquela pessoa que fez o pandinha acreditar que era possível ser amado pelo ser... dei-me conta do amor de pandinha pelo seu koalinha... não tardaram muitos meses até sentir que havia daquela parte ciúmes daqueles que eram os amigos e a admiração que os amigos que vinham de trás tinham pelo pandinha... e com o cíume a vontade de dominar e controlar tudo para a sua volta... cedi durante alguns meses, mas essa cedência tornou-se maior a cada dia, atingindo o momento em que se tornava incomportável continuar perto... afastei-me, mas não sei antes dizer o que sentia e via ao pandinha meu amigo... percebi que com o passar do tempo o afastamento total era inevitável como semanas depois se veio a verificar... já lá vão quase quatro anos desde esse afastamento... guardo aquela gargalhada junto dos meus sinceros votos de felicidade ainda que pense que uma pessoa tão especial, merecia alguém melhor do seu lado... através do pandinha, conheci a fokinha... um ser directo e sincero de quem nem não é fácil gostar e ganhar aproximação... tornou-se aquela amiga por o que aos poucos e poucos fomos juntos vivendo... todos, mas todos os dias sem excepção estávamos juntos... havia sempre tema de conversa, quase sempre boa disposição e maluqueiras... mais loucuras tínhamos cometido se as coisas não tivessem mudado como mudaram... senti a mudança quando fokinha acabou aos trinta anos de tirar a carta... começou aí a distância... e muitos outros factores dos quais ainda hoje me culpo ditaram o nosso afastamento... era a minha gaija como lhe dizia... admirava-a como admirei poucas mulheres na minha vida... por fim queria falar daquele que mais me magoou, mais me feriu e manipulou... para ser mais fácil vou dar-lhe o nome de nm... este ser entrou na minha vida de uma forma ímpar... seus pais eram conhecidos de meus pais e meus pais falaram-lhe de mim e do facto de estar em lisboa... apareceu em minha casa nesse mesmo dia... não criámos logo laços muito forte e demorou tempo até que isso acontecesse... por ser uma história tão diferente de todas as outras será contada no texto seguinte...

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