quarta-feira, 9 de setembro de 2009

caminho VIII...


o rumo, o caminho ou a falta dele continuava igual... mais um verão passado sem que nada mudasse, sem que alguma coisa fosse diferente... não é necessário dizer que as portas da minha vida se mantiveram abertas, dispostas a receber o que de bom e mau quisesse entrar, sem triagens somente com o desequilíbrio que se avolumava em algo semelhante a uma montanha que se tornava cada vez mais alta e começava a ficar próxima das nuvens e longe do alcance da minha visão... foi ainda durante o verão que dei início a uma relação, ou melhor, a uma não relação, com uma pessoa que em nada tinha que ver comigo, que apesar de todo o meu estado fugia esguiamente aqueles que ainda eram os princípios que havia conseguido manter vivos dentro de mim... uma relação condenada ao fracasso fosse qual fosse o futuro... uma relação ou não, que tinha como certo um fim e cujo desequilíbrio definia claramente suas fronteiras de início e mais tarde ou mais cedo de fim também... não havia companheirismo... não havia solidariedade e as diferenças em tudo aquilo que ainda me marcava eram abismais... foi nesta etapa que eu e Tinkie voltamos a falar... meus sonhos para nós voltaram a reinar e senti uma vez mais o desejo de de ter Tinkie na minha vida, se voltar a haver um nós... de um grito, tomei a decisão de acabar o que nunca havera existido... tempos difíceis e conturbados, mas pelos quais tinha de passar... eu e Tinkie, não voltamos naquela altura para os braços um do outro... decidimos dar tempo a um nós para que não houvesse mais o risco de falhar... ideia errada... primeiro o meu desequilíbrio e os medos que comandavam há muito minha forma de agir e estar não eram ultrapassáveis com um tempo, não um tempo daquele tipo, não com aquela forma de ver o tempo; segundo é necessário que esse risco exista vindo das duas partes, que esse risco seja sentido para que não tenhamos o outro como adquirido, como nosso qualquer que seja a situação... ser feliz com alguém significa lutar cada dia por esse ser... acordar com vontade de lutar, e deitar com o desejo de fazer ainda mais no amanhecer seguinte... lições e princípios que sempre tive como meus até deixar que tudo aquilo que passou a comandar minha vida tomasse conta até dessa noção, até de algo que durante anos tinha guiado minha forma de ser e estar com alguém... Tinkie e eu voltámos semanas a seguir a termos falado sobre aquele tempo... cometemos o erro de não lutarmos uma vez mais um pelo outro... pela presença do outro na vida que ambos tínhamos naquele momento, no ser que qualquer um de nós havia passado a ser... começámos de novo a viver juntos e durante mais alguns meses correu de novo bem... até tudo voltar a ser igual... até tudo voltar a comandar e ter acabado de novo e mais uma vez da mesma forma... custa e dói ainda hoje, mas era inevitável qualquer que fosse a dimensão do amor que nos unia... havia muito ainda para combater para conseguir e sem isso acontecer jamais era possível que o amor por si só resolvesse aquilo que eram meus, e nossos problemas... uma vez mais, um ano depois tudo estava ainda pior... faculdade desejada, curso ambicionado resultados totalmente falhados... um, mais um ano passado e tudo o que havia conseguido foi acrescentar passos ao caminho errado naquela que é a minha folha, e medo ainda mais medo de ter de enfrentar os meus medos...

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