domingo, 6 de setembro de 2009

caminho VI...


foram assim os primeiros meses em lisboa... um entra e sai de pessoas, de encontros e desencontros de pessoas e de mim mesmo... mas foi no último mês desse ano, relembro que estava no ano de dois mil e seis, que surgiu algo completamente inesperado tendo em conta os últimos meses... f.p. o rapaz que já referi em textos anteriores, havia decidido voltar disposto a ficar comigo... eu e Tinkie estavamos a passar por momentos difíceis e naquele momento segui-me apenas por os impulsos que aquele regresso repetentino à minha vida havia causado... decidi passar a passagem de ano ao lado de f.p. deixando Tinkie para trás... Tinkie que tinha esperado que eu marcasse a minha passagem de ano para que ele marcasse a dele... foi uma noite que jamais esquecerei, porém não foi sequer uma noite feliz, havia o Tinkie e não consegui abstrair-me dele, do sofrimento que naquele momento lhe estava a causar, e em todo aquele que no dia seguinte lhe iria infringir... senti que precisava viver aquilo, ainda que não acreditasse que durasse mais que um mês e que tivesse plena noção de que estaria certamente condenado ao fracasso, hoje percebo que talvez o fracasso tenha partido de mim e não do outro lado... ao fim dessa noite, parti e fui ter com Tinkie... seus olhos estavam brilhantes como alguém que chorava mas não vertia lágrimas... triste... assustado e notoriamente perdido naquela que era a nossa história, ou talvez deva dizer estória... pedi tempo a Tinkie, disse-lhe que precisava desse tempo, que precisava encaixar algumas coisas, falei-lhe indirectamente do que ele percebera logo naquele momento mas não quis acreditar... era já manhã do primeiro dia do ano de dois mil e sete, quando ao final da conversa com Tinkie ele me pediu, dorme comigo, passa a noite comigo... hesitei, por ele não por mim, tinha medo da dor que aquela noite lhe podia causar, não podia magoá-lo mais mas não podia dizer-lhe que não naquele momento, não ao fim do que já tínhamos suportado juntos... antes de adormecer pedi ao Tinkie que lesse minhas mensagens de manhã e ele aceitou... não preciso nem quero dizer como aquilo acabou... fez doer meu coração... um dia passou e no dia seguinte ao acordar antes mesmo de me lembrar de f.p., de sentir a sua falta, senti falta de Tinkie, liguei-lhe pedi-lhe que não se afastasse que não me deixasse, precisava dele do meu lado... e Tinkie esteve... ficou... porém durante aquela semana, mais do que estar bem pelo facto de não ter f.p. estava mal pois não tinha meu Tinkie como havia tido... durante essa semana os medos voltaram ainda mais fortes, e mesmo estando f.p. na minha vida, envolvi-me com outras pessoas, porque tudo não passou de um não de f.p. que ouvi na altura errada da minha vida e que me fez lutar por algo que não passava de uma ilusão criada por um momento... jamais esperava que fosse ficar mais triste com o facto de não ter Tinkie, do que com o facto de ter f.p. ao meu lado... com f.p. durou uma semana... nem ele foi capaz de me fazer bem, nem eu a ele... na verdade não tinha nada para lhe dar, excepto amizade que foi aquilo que exactamente sete dias depois daquela passagem de ano lhe disse... daquela conversa com f.p. saí a correr para os braços de meu Tinkie, que uma vez mais me recebeu de braços abertos, com todo o apoio e compreensão...

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