sábado, 29 de agosto de 2009

tentativa de reconstrução...

passados três anos, voltei para casa... não foi um regresso fácil, e senti muitas vezes que tinha desapontado as expectativas, no entanto em momento algum senti que tinha tomado a decisão errada ainda que o facto de sentir isso ao fim de sofrer tudo o que sofri me tenha feito mal... quando voltei a casa, estava a acabar o oitavo ano e no final de umas férias de verão que foram deliciosas pela simples ideia de não haver mais o sufoco de voltar para aquele sítio, por não adormecer mais a pensar no medo que ia sentir quando voltasse a cair a noite e eu ficasse a chorar para a minha almofada enquanto esperava que o dia nascesse de novo e com ele levasse parte do peso daquele desespero... começou o ano lectivo, ia de mota apanhar o autocarro, mas tudo aquilo me fazia sentir tão bem... esse ano decidi que devia ser rebelde, talvez simplesmente porque chamava a atenção e isso fazia-me sentir bem... desde grandes discussões com professores, até ao confronto directo com a minha mãe, tudo fiz mais não fosse para chatear e incomodar, para me fazer notar... senti que embora ainda não fosse um miúdo comum, começava a haver quem sentisse a minha falta, e isso fez-me bem, fez jorrar a primeira gota de amor próprio de que tenho memória... foi um ano inesquecível, cheio de paixões de loucuras... e acabou de uma forma tão especial... nos últimos dias do ano conheci uma menina que se veio a revelar um ser único, uma confidente, uma amiga, um sonho, uma menina e ao mesmo tempo uma paixão... passou tão rápido aquele ano... quase chumbei, e se não estou em erro acabei com negativa a matemática, a francês e devido ao percurso escolar sempre estável à excepção daqueles meses, o professor de inglês e educação visual decidiram premiar-me com positiva... apesar de nunca ter tido notas tão reles, não consegui arrepender-me de nada do que fiz esse ano... fez-me bem...

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