sexta-feira, 28 de agosto de 2009

marcas III...

mas as marcas deixadas vão para além dos medos conquistados, absorvidos e que tomam conta de mim em tantos momentos... vão muito para além dos ataques de pânico que me fazem sentir indefeso e pequenino no meio de um mundo cada vez mais egoísta e orientado para as satisfações pessoais dos demais... durante aquele tempo comecei a testar todos há minha volta, desde familiares a "amigos" ou meros conhecidos... procurando em cada um algo que me desiludisse, algo que me fechasse dentro de mim mesmo, que me protegesse dentro das minhas defesas para que não me pudessem magoar... que mal tem isso? - podes perguntar - a resposta é que pura e simplesmente não consigo dar sem tirar a seguir... dou tudo o que de melhor tenho e tudo o que faça feliz o amigo que tá do outro lado, o familiar próximo ou o ser que amo, e logo a seguir com uma atitude simples e tantas e tantas vezes mesquinha e sem fundamento de de quem está do outro lado, estou lá... não para exigir em troca o que dei, mas simplesmente para não dar mais... é difícil descrever, mas é o que acontece... pior... quanto mais importância e significado a pessoa tem na minha vida, maior e mais radical é o corte e só com muito empenho e sem a mínima falha da pessoa, durante dias e dias a fio, consigo dar de novo uma parte do que tirei, e dificilmente consigo dar tudo o que dei antes de haver uma falha do outro lado... mais que tudo esta é a marca mais terrível que ficou... podia estar feliz e não tou por ela, não enquanto não a deixar para trás...

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